Cantos e Contos Coreográficos em São Paulo/SP
O projeto “CANTOS E CONTOS COREOGRÁFICOS” chega à SÃO PAULO, no CEU Água Azul, nos dias 27 e 28 de janeiro. O projeto contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2015, propõe a circulação do Coletivo FLORES, companhia de Dança do CIEMH2 Núcleo Cultural, por diversos cantos do Brasil com o espetáculo de dança “O Último Bicho de Pelúcia”.
O projeto já circulou pelas cidades de Jequié e Salvador, no estado da Bahia, Santos/SP e finaliza a circulação na cidade de São Paulo, perfazendo um total de 10 apresentações realizadas em espaços urbanos e alternativos.
O espetáculo construído a partir de situações pesquisadas e apresentadas por intérpretes que usam histórias reais transformadas em contos para uma proposta panfletária e questionadora, a fim de provocar reflexão sobre a violência na infância.
Como atividades complementares, o projeto proporcionará ainda oficinas e debates com objetivo de intercâmbio cultural, culminando com resultados artísticos compostos pelos participantes das oficinas em cada cidade.
O conto coreográfico “O ÚLTIMO BICHO DE PELÚCIA” tem o norte de criação partindo de pesquisa realizada com adultos que na infância passaram por assédio/abuso sexual. O trabalho conta sobre adultos que precisam romper com medos e lembranças amargas que confundem as memórias de uma infância atropelada por abusos. Para alguns até parece que nada aconteceu, o trauma provoca certa confusão entre realidade e fantasia. Para outros o dia a dia provoca alarmes de sensações que não conseguem ficar no passado. Muitos, alguns, eles, ela, eu, você ninguém está muito distante da violência por qual passam muitas crianças.
Entre poesia e realidade de histórias pesquisadas, colocamos na arte um papel fundamental de discussão sobre o tema a fim de provocar e ser provocado na busca de um viver mais gentil.
Essa conversa coreográfica traz para a cena o caos da experiência vivida por adultos na infância. Entre o abuso e a poesia de ser criança, cria-se um universo de lembranças e informações trazendo uma discussão estética conflituosa entre a realidade e as lembranças, é um passeio por valores morais a serem observados pelo corpo “arte-político” e panfletário em cena.
Modalidade: Dança Experimental
Direção e Concepção: Taís Vieira
Coreografia: Coletivo Flores
Intérpretes: Daniele Morethe, Lorena Bitencourt, Luiz Philipe Spranger, Luize Helena Pessanha,
Rafael de Souza, Renato Mota e Thiago Morethe.
Produção: Dilma Negreiros/CIEMH2
SOBRE O COLETIVO FLORES
A licença poética de escrever roteiros para suas obras coreográficas como quem faz cinema permite ao Coletivo Flores propor um passeio coreográfico por questões sociais que permitem ampliar a cena artística para uma discussão social além das fronteiras do fazer arte.
É uma escolha trabalhar narrativas que nem sempre são lineares, mas sempre narrativas. E por essas escolhas o fazer político de discussão sobre determinadas “coisas” faz com que esta cia de dança seja um “coletivo” e não apenas um grupo de atuação em cenário artístico.
Dialogar com as pessoas, construir movimentações e fazer arte é a forma de colocar-se diante do mundo como um grupo panfletário que deseja conversar com quem os assiste e estabelecer trocas a partir de seu olhar, tornando a todos parte do Flores.
O COLETIVO FLORES é a Cia de dança profissional do CIEMH2 Núcleo Cultural e surgiu a partir da extinta "Membros Cia de Dança" onde foi criada uma linguagem de dança experimental orientada pelas danças urbanas para o corpo feminino. Circulando em cenário profissional desde 2009 "Flores" teve sua primeira formação a partir de intercâmbio entre a França e o Brasil em um trabalho proposto só com mulheres realizando turnê pela França, Brasil, Guayaquil. Em 2011 decide ampliar seu conceito de criação e torna-se uma cia mista, onde o corpo feminino ainda é objeto de estudo dentro das linhas urbanas, mas este passa a ser reconhecido sem nenhuma distinção de gêneros. A partir de então circula com seus espetáculos em diferentes cenários da dança.
SOBRE O WORKSHOP
Em uma forma de aproximar o público da linguagem desenvolvida pelo Coletivo FLORES, será realizado o workshop “Dança Narrativa” que será oferecido gratuitamente no dia 27, às 15h no CEU Água Azul - Sala Elis Regina
A partir do estudo das “linguagens de signos” desenvolvido por Taís Vieira para composições coreográficas e da estrutura cênica adotada pelo Coletivo Flores como “Dança experimental” – Dá se o início desta conversa coreográfica alicerçada sobre as emoções encontradas em comum entre os integrantes da oficina e o tema a ser sugerido pelo orientador da oficina.
O projeto coreográfico pensado para pessoas com experiências em dança pode ser desenvolvido a partir de qualquer técnica e tem como público alvo pessoas a partir dos 16 anos.
SOBRE O CIEMH2 NÚCLEO CULTURAL
Em onze anos de atuação, o CIEMH2 Núcleo Cultural primou pela formação na área cultural com foco no público alvo de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Obteve resultados significativos com a formação de grupos profissionais na área de Dança, Música, Audiovisual e Produção Cultural, verificando que muitos deles tornaram-se independentes, alcançando a autonomia tão desejada por muitos profissionais da área cultural. Com esses jovens talentosos a instituição venceu inúmeros editais, recebeu vários prêmios, apresentou-se no Brasil e em diversos países da Europa e América Latina.
SERVIÇO:
Dia: 27/01
Oficina - Dança Narrativa
Local: CEU Água Azul - Sala Elis Regina
Av. dos Metalúrgicos, 1262 - Cidade Tiradentes, São Paulo
Horário: 15h às 17h
Vagas limitadas e gratuitas: 20 alunos, acima de 16 anos.
Espetáculo: O Último bicho de pelúcia
Bate papo sobre a obra
Local: Praça do CEU Água Azul
Av. dos Metalúrgicos, 1262 - Cidade Tiradentes, São Paulo
Horário: 18h
Dia 28/01:
Reapresentações do Espetáculo: O Último bicho de pelúcia
Bate papo sobre a obra
Local: Praça do CEU Água Azul
Av. dos Metalúrgicos, 1262 - Cidade Tiradentes, São Paulo
Horário da sessão: 15h
Horário da última sessão: 19h
Apoio Institucional: CEU ÁGUA AZUL E POMBAS URBANAS